Um peso, Duas medidas.

Boa noite, pessoal.

Hoje eu resolvi conversar com vocês sobre o processo de emagrecimento (em pessoas saudáveis) que ocorre quando mudamos nossa alimentação para um estilo de vida lowcarb.

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A primeira coisa que acontece quando reduzimos o consumo de carboidratos é a diminuição da retenção de líquidos pelo organismo.

Como isso acontece?

Os carboidratos são digeridos, transformados e armazenados no corpo na forma de glicogênio. Nesse processo, o glicogênio se associa à moléculas de água - para cada 1 grama de glicogênio associam-se 4 gramas de água. Logo, quanto mais glicogênio eu armazeno, maior a quantidade de água associada e maior a retenção de líquidos.
Outra coisa importante de se dizer é que o consumo de carboidratos refinados (açúcar, doces, bolos, pães, bolachas, torradas, farináceos, macarrão e massas em geral, refrigerantes) contribui para a ocorrência de reações inflamatórias no nosso organismo. Um dos sinais da inflamação é a ocorrência de edema, que nada mais é do que um acúmulo de líquidos nos tecidos.
Quando diminuímos o consumo de carboidratos na alimentação, o corpo produz uma quantidade menor de glicogênio e consequentemente o volume de água retida no organismo também é menor.
O mesmo acontece quando diminuímos o consumo de carboidratos refinados e produtos industrializados ultra processados. Geramos menos inflamação e consequentemente, menos edema.
Por isso, no início de uma dieta lowcarb, baseada em comida de verdade, a perda de peso observada na balança é grande. Uma média de 4 kg, logo nas primeiras semanas.

                  Lembrando que a maior parte dessa perda é de água e não de gordura.

Após essa perda inicial robusta, o organismo passa a perder menos peso nas semanas seguintes, porque a perda de gordura é um processo bem mais lento e já não temos mais tanta água estocada para eliminar.
Atente-se ao fato de que para a gordura corporal ser consumida, ‘queimada’ como combustível (fonte de energia) é necessário um processo de adaptação do organismo e de manutenção do estilo de vida alimentar, com baixa ingestão de carboidratos.
Para muitas pessoas, a euforia inicial no primeiro mês passa para frustração nos meses seguintes.
A balança já não mostra tanto resultado e as variações para mais e para menos de um dia para o outro geram desapontamento.
Essas oscilações diárias de peso são muito comuns e dependem de vários fatores:
   - funcionamento do intestino;
   - intestino está vazio ou cheio de fezes;
   - bexiga está cheia de urina ou vazia;
   - está em jejum ou alimentado;
   - ingeriu líquidos;
   - fase do ciclo menstrual para mulheres;
   - grau de hidratação do corpo;
   - tipos de alimentos que consumiu no dia anterior;
   - mesma balança ou balanças diferentes;
   - mesma roupa e horário;
   - uso de medicamentos.

Por isso, a balança não é a melhor estratégia para medir e avaliar o processo de emagrecimento. É muito difícil reproduzir o mesmo ‘estado’ do organismo todos os dias. Se ainda assim você quiser continuar se pesando, calcule médias semanais ou quinzenais para comparação, de modo que você consiga compensar ou diluir essas oscilações diárias. 

Mais interessante do que se pesar, é você verificar como andam as suas circunferências - busto, cintura, quadril, braços, coxas, pescoço.

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Com uma fita métrica é possível medir e acompanhar a redução de medidas.
Você também consegue verificar isso, observando se suas roupas estão ficando mais folgadas ou não.
Outra maneira de você acompanhar sua evolução é simplesmente usando o espelho. Observe-se e avalie como você está. A imagem vai te revelar muito mais do que qualquer número.
O uso de fotografias para comparação também é válido, porque você consegue ver como estava no início do processo e como está agora. 

Compare sempre o seu antes e depois. Não se compare a ninguém. É injusto. É como tentar encontrar um único peso para duas medidas. Cada pessoa é ímpar. Os desafios e resultados são individuais. 

E o mais importante de tudo é perceber que, apesar da perda de peso ter diminuído ou estabilizado com o passar do tempo, você não está reganhando peso e medidas.

Quantas outras coisas você também ganhou nesse processo: mais saúde, mobilidade, disposição, bom humor, autoestima, confiança, disciplina, liberdade.

Não subestimem as pequenas perdas de peso. Ao longo de seis meses, um ano ou dois, elas terão se tornado grandes. Pensem sempre em resultados de longo prazo, baseados em mudanças sustentáveis e duradouras. Não existe mágica, não existem atalhos. A conquista e manutenção de resultados requer dedicação e esforço contínuo. E isso é completamente possível.

Celebre suas conquistas, sendo elas grandes ou pequenas.

E comemore mais ainda se você está conseguindo mantê-las!

Forte abraço!
Ótima semana!

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